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04/12/2015

Conheça o homem que convocou, pelo WhatsApp, menores para "tocarem o terror" em Jataí (GO)

Dione Lopes Barreto foi preso pela polícia e assumiu a autoria de um dos áudios criminosos postados no WhatsApp convocando "a bandidagem", especialmente menores de idade, para "tocarem o terror" em Jataí (GO).

Jataí (GO) - Um dia depois do começo da megaoperação em Jataí, no sudoeste do Estado de Goiás, a força-tarefa policial, comandada pelo Grupamento de Operações Especiais da Polícia Militar goiana, prendeu um homem que acabou confessando ser o autor de uma das mensagens propagadas pelas redes sociais, principalmente o WhatsApp, "convocando" menores de idade - além de pessoas ligadas às facções criminosas que atuam na cidade - para "tocarem o terror" em Jataí, na primeira onda de ataques terroristas coordenados ocorrido em toda a história de Jataí, que é uma das mais importantes - ao menos economicamente - cidades goianas.

Assista ao vídeo, a seguir, para saber quais as explicações que o criminoso deu à polícia no momento de sua prisão. O vídeo foi postado no Youtube por Tony Cinegrafista.


O homem preso pela polícia é Dione Lopes Barreto, de 28 anos. Ele foi preso sob a acusação de associação criminosa. Dione Barreto, como você pode ver no vídeo acima, confessou ser o autor de um áudio postado na rede social Whatsapp em que ele incita criminosos de Jataí a incineraram ônibus e "botarem o terror" na cidade, em represália às medidas de segurança do presídio local e a transferência dos líderes de uma facção criminosa de Jataí para Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital.

Segundo informou à imprensa o tenente-coronel Wellington de Urzêda Mota, que comanda o setor de Missões Especiais (CME), da Polícia Militar de Goiás, Dione confessou ser o autor de um áudio feito a mando de um preso chamado Rafael, que cumpre pena no presídio de Jataí. Dione foi descoberto em investigação feita em conjunto entre os serviços de inteligência das polícias Militar e Civil e também pela Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária.

O homem preso já possui duas passagens por tentativa de homicídio e uma por receptação, já tendo cumprido pena no presídio de Jataí (GO). Com voz chorosa, e tentando aparentar arrependimento, Dione Barreto pediu perdão pela produção do vídeo, alegou que atualmente é evangélico e que fez o áudio por "burrice". 

Ainda no vídeo, o homem confessou que foram feitas outras gravações com conteúdo criminoso, mas alegou que não saberia informar os autores das mesmas. Dione deixou bem claro que sua vida está em risco, se ele praticasse qualquer delação de comparsas nas ações terroristas em Jataí (GO). Dione foi autuado em flagrante por associação criminosa, por incitar o crime na cidade. O vídeo dele confessando o crime é de autoria da Polícia Militar.

APLICATIVO "WHATSAPP" É O PREFERIDO POR BANDIDOS QUE COMANDAM, DE DENTRO DOS PRESÍDIOS AÇÕES CRIMINOSAS COMO A ONDA DE ATAQUES TERRORISTAS EM JATAÍ (GO)



A inédita onda de ataques que tocaram o terror em Jataí, na última terça-feira, 1º de dezembro, teve o aplicativo de rede social WhatsApp como principal instrumento de comunicação. A ordem para iniciar a onda de ataques que chocaram a população da cidade partiu de dentro do presídio local, superlotado.

Não é nenhuma novidade para as autoridades policiais e judiciárias a constatação de que o aplicativo WhatsApp é, atualmente, o predileto dos presos que cumprem penas no regime fechado para se comunicarem com pessoas do lado de fora das cadeias e tramar em atentados terroristas como os que aconteceram há poucos dias em Jataí, no sudoeste de Goiás. Em uma realidade cada vez mais absurdamente comum nos sistemas prisionalis goiano e brasileiro como um todo, aparelhos de telefonia celular são entregues aos detentos por diversos meios. No presídio de Jataí (GO), por exemplo, os aparelhos são costumeiramente arremessados sobre os frágeis muros das prisões do interior daquele local ou até mesmo "malocados" (escondidos) na vagina das amantes, namoradas ou esposas de detentos. Elas, com a "vagina recheada" fazem visitas semanais aos presos com o objetivo de entregar a eles os aparelhos que carregam dentro do próprio corpo. Outro meio de entrada de aparelhos telefônicos - e outros objetos - nos presídios de Jataí e de qualquer lugar do Brasil, é pelas mãos dos agentes prisionais que se corrompem em troca de dinheiro.

Um agente ouvido pela reportagem do jornal "O Popular", de Goiânia (que pediu para não ser identificado) disse que este último caso (a corrupção de agentes prisionais) é bastante comum. O agente entrevistado disse que o baixo salário pago, principalmente aos vigilantes penitenciários temporários, é o principal motivo do aceite de subornos. Os presos pagam entre R$ 500 e R$ 1 mil para cada aparelho, muitas vezes já com o chip da operadora. O agente ou vigilante corrupto fica responsável por adquirir o aparelho e entregá-lo na cadeia. Os mais caros são de marcas melhores. Mas a exigência é o acesso à internet.

Por meio do WhatsApp, os presos mantêm contato com outros presos, também com seus familiares e conseguem comandar quadrilhas de roubo e tráfico de drogas. Em Jataí (GO), por exemplo, a onda de ataques terroristas que resultou em sete ônibus, dois caminhões e um telefone público incendiados, começou por meio de mensagens de áudio e texto postadas no aplicativo social WhatsApp. Tais mensagens, algumas ameaçando policiais, circulou no WhatsApp orientando pessoas ligadas às facções criminosas que estão instaladas na cidade sobre como deveriam "tocar o terror". 

Já se sabe que a ordem (ou ar ordens) partiu de dentro do presídio local. Autoridades recomendam a quem receber estes tipos de mensagens criminosas que apenas leia e delete as informações e, se possível, que as forneçam à polícia. Também foi propagada uma sugestão de que mais crimes vão ser cometidos em Jataí, ou seja, há indícios de que a onda de terror não tenha chegado ao fim, em retaliação ao posicionamento do diretor da unidade prisional do município, apontado como "durão" ou rígido demais em sua gestão.

MOTIVAÇÃO - Em entrevista ao O Popular, o superintendente de segurança penitenciária, João Carvalho Coutinho Júnior disse que a insatisfação dos presos se deu após a transferência de quatro detentos apontados como “lideranças negativas” e por serem de altíssima periculosidade dentro do presídio jataiense. O secretário disse que as mudanças têm o aval do Judiciário e que novas transferências poderão ser realizadas para garantir a ordem dentro das unidades, não apenas a de Jataí, mas as que existem por todo o Estado. “Não alteraremos o tratamento aos presos. Mas vamos garantir o cumprimento da lei.”

O secretário informou que novos equipamentos adquiridos em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) vão ser instalados em pelo menos 50 unidades prisionais nos próximos dias. Além dos detectores de metal de banquetas e bastão, serão disponibilizados portais e esteiras de raios X. A intenção é ampliar os métodos de segurança e garantir que o mínimo de objetos ilícitos, especialmente celulares, cheguem às mãos dos presos. Até servidores terão de passar pelos detectores.

No complexo prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia, os bloqueadores de celulares não funcionam adequadamente. O superintendente diz que a empresa contratada ainda não forneceu o serviço completo e, por isso, nem está sendo paga. Novas medições de bloqueio de sinal estão sendo realizadas, mas não há data para que o bloqueio definitivo seja feito. “Esperamos que seja o mais rápido possível.”

VISTORIAS - O secretário frisou que outras ações para impedir o acesso de celulares em presídios vão ser intensificadas. Entre as principais medidas, Coutinho Júnior mencionou os treinamentos dos agentes prisionais e das ações dos grupos especiais que, rotineiramente surpreendem os presos com vistorias em celas e nos presídios em busca de equipamentos ilícitos. “Em todas as vistorias são recuperados objetos.” As ações são orientadas pelo serviço de inteligência do sistema prisional, além de denúncias feitas pelos próprios presos ou pelos agentes penitenciários.


Assista, a seguir, mais um vídeo postado na internet pelo portal Mais Goiás, mostrando alguns dos sete ônibus que foram incendiados por facções criminosas em Jataí (GO).


A QUALQUER MOMENTO ESTAREMOS ATUALIZANDO ESTA REPORTAGEM.








Nascido em Jataí (GO), Terry Marcos Dourado é jornalista, radialista, bacharel em Direito, empresário dono da Agência Prodartcom Transmídia - Jornalismo, Eventos e Produções, artista e produtor cultural e artístico. No meio audiovisual, é autor, roteirista, diretor cinematográfico, ator e dono da Estelar Filmes. Também é produtor de "cast" (elenco) e proprietário da Agência Mega Pop - Artistas, Modelos e Produções. No meio teatral, é dramaturgo, ator, roteirista e diretor. Na área dos direitos humanos, é fundador e presidente da ONG Instituto Conscientizar. É palestrante motivacional e espiritualista. Médium e terapeuta gnóstico-espiritualista, é alto sacerdote wiccaniano, fundador da IWMBG - Igreja Wiccaniana Mundial de Biopaganismo Gnóstico. É também diretor-proprietário da PopMix RádioWeb, do Canal Pop TV (webtv) e escritor, tendo livros a publicar em breve.

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