NOVIDADE

03/12/2015

Medo toma conta da população jataiense após cidade viver primeira onda de ataques coordenados de sua história

Além de ser uma das cidades com altíssimos índices de homicídio, principalmente motivados pelo crescente tráfico de drogas; a população de Jataí, no Sudoeste Goiano, volta a viver dias de terror com uma série de ataques coordenados que, apesar de não ter feito vítimas, destruiu patrimônios públicos e privados, com metodologia similar aos recentes ataques terroristas ocorridos em Paris, França, em novembro. Em Jataí (GO) houve até convocação de “militantes do crime”, pelas redes sociais, para que “tocassem o terror” na cidade. Em poucas horas, sete ônibus, dois caminhões e um telefone público foram incendiados em diversos pontos da cidade. Uma onda de terror e tensão jamais experimentada por Jataí, e sua população, em toda a sua história. O que todos querem saber é até onde isso vai? E até quando?
 Jataí, GO – Como se não bastasse o fato de Jataí, uma das maiores e mais importantes cidades da região sudoeste do Estado de Goiás ser uma das mais violentas do Estado, cada vez mais dominada por grandes facções criminosas que até então só eram conhecidas no eixo Rio-São Paulo, a exemplo do PCC, entre outras; a cidade que se localiza entre rotas do tráfico internacional de drogas e de humanos parece ter “surtado” novamente, após bater recordes de assassinatos em 2013, com quase 90 registros à época.

Recentemente, fatos chocantes voltaram a aterrorizar os quase 90 mil habitantes da cidade que, até o início dos anos 2000, era uma cidade alegre, tranquila e, de certa forma, sossegada. Está cada vez mais perigoso sair às ruas de Jataí, e isso a qualquer hora do dia ou da noite. No domingo, 22 de novembro passado, o cidadão Vanderlan Rodrigues Santos, 33 anos, foi preso em flagrante após esfaquear uma menina, de 8 anos, em uma churrascaria na zona norte jataiense.


Câmeras do estabelecimento flagraram o momento exato que o homem ensandecido avança sobre a criança, a arrasta e a esfaqueia nas costas.
De acordo com a Polícia Militar, a criança jantava com familiares no estabelecimento, quando o agressor, sem qualquer motivo, pegou uma faca de mesa e a atacou, esfaqueando a garotinha nas costas. Câmeras de segurança do local registraram o crime. Nas imagens é possível ver que a menina estava sentada ao lado de parentes, quando o homem partiu para cima dela, a segurou pelas costas e a arrastou para fora da churrascaria. Desesperada, a mãe correu e tentou pegar a garota, mas não conseguiu.

Nesse momento, pessoas que estavam no interior da churrascaria correram na direção do homem e um funcionário do estabelecimento, o atendente Dominik do Vale, entrou em luta corporal com o agressor e conseguiu libertar a criança que retornou para o interior da churrascaria, já ferida nas costas. O funcionário, que também foi atingido por uma facada em um dos dedos, diz que o homem estava descontrolado. “Eu peguei no corte da faca, aí a gente caiu. Aí precisou de umas dez pessoas para conseguir segurar esse cara”, explicou Dominik.


Dominik do Vale, funcionário da churrascaria conseguiu salvar a menina que estava em poder do agressor.
Tanto a menina quanto o funcionário foram socorridos e levados ao Centro Médico de Jataí. Dominik foi liberado assim que recebeu atendimento. Já a criança passou por uma cirurgia. A avó da criança, que não quer se identificar, diz que a menina está apavorada. “Ela está traumatizada. Não quer que a mãe dela saia de dentro do quarto. Ou eu ou a mãe dela tem que estar lá o tempo todo”, relatou.

Logo após o crime, o homem foi preso e encaminhado à delegacia da cidade. Em seguida, foi transferido para a Unidade Prisional de Jataí. Segundo a PM, ele já tem passagens por desacato, agressão e ameaça. A faca de mesa usada por ele foi apreendida. A Polícia Civil informou que o inquérito policial deve ser concluído antes do dia 15 de dezembro.


Vanderlan Rodrigues Santos, 33 anos, surpreendeu a todos na churrascaria ao agredir, gratuita e repentinamente, uma menina de 8 anos. Ele esfaqueou a menina após tirá-la à força da mesa em que ela jantava com a família. Este homem alega ter problemas mentais, informação que está sendo investigada pela polícia.
“Toda a cena criminosa nos leva a concluir que ele cometeu o crime de tentativa de homicídio qualificado, então ele será indiciado por isso. Mas outras circunstâncias serão apuradas, já que ele alega que tem um certo distúrbio (psicológico) e isso será devidamente apurado”, disse o delegado responsável pelo caso, Agnaldo Coelho.


E NA SEMANA SEGUINTE... MAIS TERROR EM JATAÍ (GO)!

Um fato nunca antes ocorrido na história de Jataí (GO): uma onda de ataques criminosos coordenados destruiu em poucas horas sete ônibus, dois caminhões, um telefone público e dois locais foram metralhados por bandidos.
O fato acima relatado e o que passamos a relatar a partir daqui não tem qualquer relação um com o outro. Mas há exatos nove dias depois, a população de Jataí voltou a ficar chocada com mais um crime. Desta vez, uma sequência de crimes numa “onda” coordenada, semelhante aos ataques terroristas ocorridos em Paris/França, em novembro. Veículos foram incendiados e rajadas de tiros foram disparados em diferentes pontos da cidade. A ação criminosa chegou a supostamente recrutar menores pelas redes sociais, principalmente o WhatsApp.

A Polícia Civil em Jataí segue analisando mensagens de áudio e texto, supostamente enviadas por presidiários, ordenando que menores queimem ônibus e “toquem o terror”, vez que também faz várias ameaças a policiais. A hipótese é que os ataques que atingiram a cidade sejam uma retaliação à transferência de presos para unidades de outros municípios. Em uma gravação que circula em redes sociais, um homem pergunta: “Cadê os bandidos dessa cidade? Cadê os de menor (sic) apetitoso para por fogo nesses ônibus?”.

A onda de ataques começou na terça-feira, 1º de dezembro. No total, sete ônibus, dois caminhões e um telefone público (orelhão) foram incendiados. Além disso, dois homens em uma moto atiraram várias vezes contra um dos portões da do presídio da cidade e também contra um lado do prédio que abrigou o Fórum da Comarca local. Até o fechamento desta reportagem, cinco homens foram presos e um adolescente, apreendido, suspeitos de envolvimento nos ataques. Eles foram detidos por furto, mas policiais encontraram galões de gasolina no carro do grupo, o que levantou a desconfianças dos agentes.

As investigações começaram com a criação de uma força tarefa composta por policiais militares, civis e rodoviários. O objetivo é reforçar a segurança na cidade para evitar novos ataques. No áudio propagado pelas redes sociais que está sendo analisado pela polícia, um suposto preso convoca seus contatos para realizar os ataques e, assim, evitar que eles sejam transferidos. “Vai deixar nóis (sic) nesse sofrimento aqui, família? Ajuda nóis aí. Depois vai chegar aqui [presídio] e vai ser bem recebido, cê tá ligado?”, diz o homem.

Já na mensagem de texto, uma pessoa escreveu que haverá mortes de policiais e criminosos devido às medidas adotadas pelo presídio, entre elas, a transferência de presos. “Não vamos importá (sic) com as consequências, vai morrer polícia, vai morrer bandido, mas o crime não vai parar. Chega de opressão da direção do presídio, só queremos nossos direitos", diz o texto.

De acordo com o delegado regional de Jataí, Marcos Guerine, que coordena uma força-tarefa para investigar os casos o objetivo é identificar os autores para, na sequência, descobrir qual a motivação dos ataques.


Bandidos propagaram esta mensagem ameaçadora nas redes sociais, convocando menores para "tocarem o terror" em Jataí (GO).
“Vamos pegar imagens dos postos de combustíveis para tentar identificar os suspeitos e depois definir se foram ataques isolados ou coordenados. Nos últimos tempos, houve uma mudança muito positiva e útil na direção do presídio, agindo com mais rigor dentro da lei. E isso pode ter motivado essa ação”, relatou.

CENÁRIO DE GUERRA: JATAÍ (GO) RECEBE UM APARATO POLICIAL JAMAIS VISTO EM SUA HISTÓRIA

Além de sete ônibus e dois caminhões incendiados em vários pontos de Jataí (GO), bandidos incendiaram também um telefone público. E se preparavam para provocar outros incêndios, mas um grupo suspeito foi detido pela polícia local.
Não. Não se trata de uma hipérbole, e somente quem nasceu em Jataí (GO) ou mora na cidade há pelo menos três ou quatro décadas sabe bem que a afirmativa de que a cidade acaba de receber, por tempo indeterminado, um aparato policial (homens, equipamentos, munições) jamais visto em sua história, transformando radicalmente a rotina da até então pacata, tranquila e pacífica cidade, num verdadeiro “cenário de guerra” similar aos que a gente via pela TV em regiões como a Rocinha ou o Morro do Alemão, ambos no Rio de Janeiro (RJ).

Equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer), ambas divisões da Polícia Militar (PM) de Goiás estão desde a manhã da quarta-feira (2/12) em Jataí, no sudoeste do Estado, numa tentativa de coibir novos ataques como os que deixaram sete ônibus e dois caminhões incendiados na noite da última terça-feira (1º/12).

O Batalhão de Choque da PM goiana também foi designado para Jataí, por determinação do próprio governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB), segundo informou em uma entrevista à uma emissora local, o tenente-coronel Wellington Urzeda, comandante do setor de Missões Especiais da Polícia Militar goiana.

“A gente não está acostumado com fatos como este (em cidades do interior), mas a legislação que temos hoje leniente, que está em vigor no Brasil, onde o cidadão é preso e o vagabundo fica solto, essa situação acontece mesmo. Hoje, o indivíduo não fica preso. As pessoas matam e ficam dois ou três meses presos. A culpa é do sistema político. Temos que exigir dos nossos deputados e senadores, que em vez de ficar emaranhado em maracutaias, eles têm que mudar nossas leis. Se não mudarmos, com urgência, o ordenamento jurídico desse País, nada vai adiantar. As instituições policiais e judiciárias estão atadas, pois a gente não pode agir contra a lei”, criticou Urzeda.

ESQUEMA “MAFIOSO” NO PRESÍDIO DE JATAÍ?

Este foi um dos sete ônibus destruídos por facções criminosas que atuam em Jataí (GO), numa noite de terror jamais ocorrida na história da cidade.
Há 18 anos atuando em Jataí, e há cinco anos comandando o 15º Batalhão da Polícia Militar local, o tenente-coronel David Pires de Souza disse que o momento é delicado para a segurança pública em Jataí (GO). “Porque mudou-se as peças do jogo, ou seja, o novo diretor, Waldivino Ribeiro da Silva, ao assumir colocou a Execução Penal para funcionar mesmo. E quando um presídio está bagunçado. Não há comando firme por parte da administração, tem muita gente por trás disso ganhando dinheiro. Não tenho como indicar como, por quais meios, mas isso acontece no País inteiro”, comentou Pires.

O tenente-coronel David Pires se manifestou favorável ao novo diretor do presídio de Jataí, principalmente pela rígida seriedade com que o mesmo está executando sua função. “Sou a favor da manutenção do atual diretor do presídio e com mais força ainda porque um presídio é um local onde a disciplina tem que ser rígida mesmo”, ressaltou David Pires.


Ten. Cel. Urzeda, comandante-geral de Operações Especiais da 

PM goiana, trouxe um forte aparato policial que transformou 

radicalmente a rotina de Jataí, por tempo indeterminado. 

É como se a cidade estivesse "sitiada".
CIDADE “SITIADA” – E praticamente um arsenal de guerra – sem exageros se considerar a rotina até então normal da cidade – chegou em Jataí. Segundo informações do tenente-coronel Wellington Urzêda, o próprio governador Marconi Perillo determinou ao comando-geral da PM, uma forte e ostensiva ação urgente. “Comigo, está vindo (de Goiânia, para Jataí) o Grupamento de Rádiopatrulhamento Aéreo (Graer), o Batalhão de Operações Especiais (Bope), a Cavalaria da PM, o Grupamento de Rádiopatrulha Ostensiva de Intervenção Rápida (Giro) com motos de 800 cilindradas, o Comando de Operações de Divisa (COD) e o Batalhão de Choque da Polícia Militar”, ratificou Urzêda.

Todo este megaefetivo policial não tem prazo determinado para permanecer em Jataí, segundo informou o tenente-coronel Urzêda. “Toda esta estrutura não tem dia para ir embora da cidade. Só sairemos daqui de Jataí quando o governador Marconi Perillo ou o comandante-geral da PM no Estado determinar. Estaremos realizando diversas ações em toda a cidade. As ações principais da PM, previstas na Constituição Federal, se resumem no policiamento ostensivo e na preservação da ordem pública. Temos que dar tranquilidade para a população. Vamos tomar conta de Jataí. Vamos tomar conta daquilo que temos que tomar. Estaremos conversando com juízes, promotores, delegado regional da Civil e definirmos, juntos, uma ampla força-tarefa”, finalizou Urzêda.


Este portão de entrada do presídio de Jataí (GO) recebeu uma rajada de tiros no mesmo momento que veículos eram incendiados em vários pontos da cidade. Também foi alvo de rajadas de tiros, segundo informações, uma parte do prédio onde funcionava o Fórum da Comarca local.
JUÍZA CRITICA OMISSÃO DO GOVERNO DE GOIÁS

Para a juíza titular da Primeira Vara de Execuções Penais, Sthella Carvalho de Melo, o Poder Público, em especial o Governo de Goiás, tem culpa significativa pela onda de ataques ocorridos em Jataí (GO). “Infelizmente, o Judiciário, assim como toda a população, fica refém de uma atitude proativa por parte do Estado, especificamente do Governo de Goiás. O nosso presídio vem apresentando problemas há muitos meses, acredito que há anos. E medidas paliativas vem sendo adotadas, mas são insuficientes para resolver os problemas graves que vêm sendo apresentados para nós”, ressaltou a magistrada.

Durante entrevista à uma emissora de TV local, a juíza comentou que, insistentemente, autoridades do Judiciário jataiense, juntamente com autoridades políticas da cidade, enviaram diversos ofícios com solicitações ao governador Marconi Perillo (PSDB). “Também uma reunião aconteceu, com as participações de autoridades e do prefeito. Promessas foram feitas de que as obras seriam encerradas, e elas não foram cumpridas até o momento. Se as obras estivessem sido finalizadas, boa parte destes problemas não estariam ocorrendo em Jataí porque o juiz teria condições de separar os presos de maior periculosidade”, criticou Sthella Melo.

A titular da Primeira Vara de Execuções Penais de Jataí ressaltou que, atualmente, os presos estão reivindicando algumas alterações no presídio, entre elas: mudança da direção (a saída do novo diretor, Waldivino Ribeiro da Silva, considerado rígido demais pelos presos), mudanças na comida, enfim, problemas bem específicos. “Parte dos presos está desgostosa com a gestão atual. A outra parte, que é favorável à gestão, está sendo oprimida pelo grupo contrário. E como o Judiciário não tem condições de separar estes presos, a única saída que temos é transferir presos para outras comarcas. Em razão das transferências que aconteceram na semana passada e também nesta semana, a resposta foi o que aconteceram ontem. Os presos querem o retorno dos reclusos que foram transferidos e mudanças dentro do estabelecimento prisional que não estão sendo feitas pelo próprio Estado (Governo Estadual)”, ressaltou a juíza.

Ao ser questionada sobre denúncias que familiares de presos reeducandos fizeram recentemente junto com manifestações contra a administração do presídio local, a juíza Sthella Carvalho de Melo disse que já foi instaurado um procedimento no Ministério Público para apurar todas as denúncias recebidas. “A Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado também está a par. A posse do diretor atual do presídio teve o aval do próprio Tribunal e, se estas denúncias forem aprovadas, ele será afastado, com certeza, mas para isso, a gente precisa de provas. O que a gente sabe é que parte dos presos está insatisfeita com a gestão do atual diretor, mas uma outra parte aprova e apoia a gestão dele. Na gestão anterior, vários presos estavam sendo oprimidos e forçados a pagarem pela permanência deles no presídio e, isso também é inadmissível”, ressaltou.

CULPA DO GOVERNO – Por fim, a juíza Sthella Melo disse que a população de Jataí precisa ser bem-orientada sobre tudo que está acontecendo na área da segurança pública local. A juíza ratificou, segundo ela, a culpa do governo estadual. “Boa parte dos problemas (na segurança pública de Jataí) estão relacionados com a omissão do (Governo) do Estado, e a gente espera – o Judiciário e o Ministério Público, principalmente porque ficamos de pés e mãos atadas em situações destas – que o Estado dê uma resposta firme no combate à criminalidade aqui em Jataí. Esperamos que o Estado cumpra o seu papel. Cumpra as promessas que foram feitas para a gente há poucos dias”, disse.

E Sthella Melo continuou seu recado à população jataiense dizendo que “não adianta problemas como estes ocorrerem e, no outro dia, uma equipe da Polícia Militar vir e agir, se policiais não forem disponibilizados para ficarem aqui de forma efetiva. A população de Jataí está vitimada, realmente, e com razão. A gente tem mesmo que ficar com receio porque o número de policiais nas ruas é muito inferior ao que a gente, de fato, necessita. A segurança pública tem que ser vista com outros olhos por parte do Poder Público. É disso que precisamos. É isso que nós pedimos”, finalizou a magistrada.

A QUALQUER MOMENTO ESTAREMOS ATUALIZANDO ESTA REPORTAGEM.










Nascido em Jataí (GO), Terry Marcos Dourado é jornalista, radialista, bacharel em Direito, empresário dono da Agência Prodartcom Transmídia - Jornalismo, Eventos e Produções, artista e produtor cultural e artístico. No meio audiovisual, é autor, roteirista, diretor cinematográfico, ator e dono da Estelar Filmes. Também é produtor de "cast" (elenco) e proprietário da Agência Mega Pop - Artistas, Modelos e Produções. No meio teatral, é dramaturgo, ator, roteirista e diretor. Na área dos direitos humanos, é fundador e presidente da ONG Instituto Conscientizar. É palestrante motivacional e espiritualista. Médium e terapeuta gnóstico-espiritualista, é alto sacerdote wiccaniano, fundador da IWMBG - Igreja Wiccaniana Mundial de Biopaganismo Gnóstico. É também diretor-proprietário da PopMix RádioWeb, do Canal Pop TV (webtv) e escritor, tendo livros a publicar em breve.

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