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17/11/2014

Pré-candidato à prefeitura de Jataí (GO) é um dos suspeitos de ser beneficiário no escândalo da Petrobrás

Deputado federal Leandro Vilela (PMDB), pré-candidato a prefeito de Jataí (GO).
Imagem: Reprodução da Internet
Enquanto o país inteiro assiste perplexo às prisões de alguns "graúdos" do megaescândalo do "propinoduto" da Petrobrás, com forte expectativas sobre a divulgação - ou não - da enorme lista de "autoridades" políticas envolvidas na mamata milionária, a farra da distribuição de dinheiro, circula na internet e nas redes sociais como o Facebook, a reportagem publicada em 17 de maio de 2014, pelo jornal O Anápolis, com circulação em Anápolis (GO) e Região Metropolitana de Goiânia, onde este mesmo veículo de comunicação divulgou que quatro deputados goianos estão supostamente envolvidos no esquema de dinheiro da Petrobrás, um deles, inclusive, é pré-candidato à prefeitura de Jataí (GO), pelo PMDB, no próximo pleito de 2016. Trata-se do atual deputado federal por Goiás, Leandro Vilela Veloso (PMDB), primo em primeiro grau do deputado federal eleito, Daniel Vilela (PMDB), atualmente em final de mandato na Assembleia Legislativa Goiana.

De acordo com o jornal O Anápolis, na lista dos parlamentares que receberam recursos do esquema da Petrobras, conforme comprovam documentos apreendidos na casa do doleiro Alberto Youssef, aparecem os nomes de quatro deputados goianos. São eles: Sandro Mabel (PMDB, mas eleito pelo PR) e dono da fábrica de bolachas Mabel; Thiago Peixoto (PSD, mas reeleito deputado estadual pelo PMDB); Jovair Arantes (PTB) e Leandro Vilela (PMDB). O político jataiense foi o principal coordenador da campanha do milionário empresário Júnior Friboi, que esteve pré-candidato ao Governo de Goiás pelo PMDB nas eleições deste ano de 2014.
Deputado federal Thiago Peixoto (PSD)
Imagem: Reprodução da Internet

O jornal O Anápolis afirma que na lista dos parlamentares que aparecem no esquema de recebimento de dinheiro da estatal do Governo Federal estão os nomes de quatro deputados federais de Goiás. O deputado Leandro Vilela, pré-candidato a prefeito de Jataí (GO), teria recebido R$ 100 mil do "propinoduto" que resultou no escândalo da Petrobrás. E segundo o blog "Goiás 24 Horas", em postagem do dia 11 de maio de 2014, o atual deputado federal goiano Leandro Vilela Veloso (PMDB) está entre os 25 maiores beneficiários das doações (leia a postagem original clicando aqui)O levantamento do site da Veja foi feito nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e revela que o grupo de 121 congressistas recebeu, ao todo, 29,7 milhões de reais de um conjunto de 18 empresas investigadas pela Polícia Federal.

Voltando às informações do jornal O Anápolis, Thiago Peixoto (PSD) - que em 2010 elegeu-se deputado federal pelo PMDB, e pouco tempo depois, aderiu ao governador Marconi Perillo e, no início de 2011, assumiu a Secretaria Estadual da Educação em Goiás, e, atualmente, reelegeu-se à Assembleia Estadual Goiana -  recebeu a bagatela de R$ 240 mil.
Deputado federal Sandro Mabel (PMDB).
Imagem: Reprodução da Internet
Por sua vez, segundo informações do jornal O Anápolis, o deputado federal por Goiás, Sandro Mabel - atualmente, nos quadros do PMDB - tem seu nome na lista escandalosa da Petrobrás por ter recebido, segundo informações do jornal O Anápolis - frisamos, R$ 100 mil do dinheiro ilegal e imoral da Petrobrás.

E um outro deputado federal goiano envolvido no escândalo da Petrobrás, o Jovair Arantes, do PTB, está com o nome na lista por ter recebido R$150 mil do dinheiro ilícito do escândalo da Petrobrás. Jovair Arantes, por ser do PTB, pertence à base aliada ao Governo Federal, mas aqui em Goiás, ele e seu partido sempre pertenceram à base aliada ao governador Marconi Perillo (PSDB). (Com informações do jornal O Anápolis, de Anápolis (GO). Leia a reportagem da fonte original clicando aqui.)
Deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO).
Imagem: Reprodução da Internet

Via e-mail, por diversas vezes, a produção da Gazeta Popular e da PopMix RádioWeb tentou agendar entrevista com o deputado federal Leandro Vilela (PMDB-GO), mas não houve retorno da assessoria do parlamentar em nenhum dos contatos. Mesmo assim, nossos veículos de comunicação (Gazeta Popular, PopMix RádioWeb e PopTV) estão à disposição para entrevistas com o objetivo de que todos os políticos citados aqui nesta reportagem possam dar sua versão dos fatos ao público. Basta entrar em contato conosco através dos seguintes e-mails da produção de Jornalismo: falegazetapopular@yahoo.com.br (Gazeta Popular On-Line); contatopopmixradioweb@yahoo.com.br (PopMix RádioWeb) ou poptvnaweb@yahoo.com.br (PopTV).






ENTENDA O ESCÂNDALO


Após a apreensão de documentos com o doleiro Alberto Youssef, a Polícia Federal descobriu que dezenas de políticos, principalmente deputados federais, inclusive parlamentares do Estado Goiás, estão diretamente envolvidos nesse esquema criminoso.

A Operação batizada pela Polícia Federal como “Lava Jato”, mostrou que havia a cobrança de pedágio dos empresários que pretendiam fazer negócio com a estatal do Governo Federal. Depósitos em dinheiro eram feitos em nome de assessores parlamentares e até mesmo em nome dos parlamentares. Em 2014, a revista Veja publicou reportagem mostrando que teve acesso aos documentos apreendidos. À época, a reportagem da Veja mostra que a origem do dinheiro seria um “pedágio” cobrado a empresários que quisessem vender produtos ou prestar serviços à Petrobras.

Os interessados deveriam pagar “comissões” que facilitavam o acesso ao cadastro de fornecedores da estatal. O ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa – também preso na operação da PF – decidia quando, como e de quem comprar suprimentos, máquinas e serviços, enquanto o doleiro definia quem poderia vender. A firma de fachada MO Consultoria, que pertence ao doleiro Youssef, teria permitido a lavagem de dinheiro. Uma das companhias que mais contrataram a firma foi a Sanko-Sider, fornecedora de tubos de aço, que repassou R$24 milhões para a MO. A Sanko confirma: "Nunca foi algo explícito, não posso dizer que fomos achacados, mas era fortemente recomendado contratar essa empresa", disse Henrique Ferreira, diretor da empresa. "A gente não faz ideia para onde esse dinheiro ia", completou.

Ainda em 2014, a reportagem da revista Veja não apontou o destino do dinheiro, mas segundo a revista, quase tudo era entregue a políticos de partidos diferentes. Também na reportagem não ficou claro qual a finalidade de repasses de tanto dinheiro assim para os políticos.

Ainda em 2014, uma outra reportagem, desta feita publicada pela revista Época, denunciou que o esquema de corrupção na Petrobras tinha como finalidade favorecer parlamentares do PMDB e fortalecer a campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT), em 2010. Dirigentes dos dois partidos, no entanto, negaram participação no esquema.

O engenheiro de carreira da Petrobras e ex-diretor da BR Distribuidora, João Augusto Rezende Henrique, teria afirmado à revista Época que “todos os contratos na área internacional da estatal tinham que passar por ele, que cobrava pedágio dos empresários interessados”. Ele afirmou que de 60% a 70% dos recursos arrecadados dos empresários eram repassados para o PMDB, principalmente para a bancada mineira. (Com informações do jornal O Anápolis.)


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